
No dia 1º de março, a vida do do ex-prefeito de Gravatal, Jorge Leonardo Nesi, o Nardo, mergulhou em um turbilhão de dor implacável. Uma crise aguda de hérnia de disco o deixou imobilizado, em busca desesperada por alívio. Recorrendo à clínica Provida, em Tubarão, ele foi medicado, mas o retorno para casa trouxe consigo uma dura realidade: a dor persistia, cruel e inabalável, negando-lhe qualquer conforto ou repouso.
Dias se arrastaram enquanto o Nesi enfrentava uma dor lancinante, marcada por visitas repetidas à clínica Provida em busca de uma solução eficaz. A esperança de alívio veio na forma de uma ressonância magnética, porém, a burocracia dos convênios médicos impôs uma espera angustiante de até dez dias para marcar o procedimento. Cada segundo se transformava em uma eternidade de dor aguda e angústia.
Desesperado por alívio, o Nardo buscou auxílio no hospital Unimed, apenas para ser confrontado com a negativa de atendimento de seu convênio, o Saúde Caixa. Desamparado, ele dirigiu-se ao Hospital Nossa Senhora da Conceição em busca de um diagnóstico definitivo e cuidados adequados, apenas para se ver imerso em um labirinto de medicamentos paliativos e noites insones.
Para Jorge, essa jornada de dor transcendeu o físico, revelando uma ferida emocional profunda. Após anos dedicados ao serviço público e à promoção do bem-estar alheio, ele se viu reduzido a um estado de indignidade, questionando o cerne da ética médica e a humanidade do sistema de saúde. Seu relato ressoa como um eco de desespero compartilhado por muitos, desafiando a indiferença e inspirando uma mudança urgente na forma como tratamos os que mais precisam de nós.
Enquanto o paciente enfrenta sua batalha solitária, seu relato serve como um lembrete doloroso de que, por trás das estatísticas e dos protocolos, existem vidas em agonia, clamando por compaixão e cuidado genuíno. “Que a minha voz ecoe além das paredes dos hospitais, desafiando a indiferença e inspirando uma mudança urgente na forma como tratamos os que mais precisam de nós”, conclui Nardo.









