Voleibol em luto por morte da campeã Olímpica Walewska

A jogadora brasileira Walewska Oliveira, dona de duas medalhas Olímpicas, faleceu aos 43 anos na noite desta quinta-feira (21), em São Paulo. A causa da morte não foi confirmada. Também conhecida como Wal, a central fez parte da equipe que quebrou barreiras e conquistou o primeiro ouro do vôlei brasileiro nos Jogos Olímpicos, em Beijing 2008. Ela já havia subido ao pódio em Sydney 2000, equipe que levou o bronze. Sua carreira na seleção também inclui uma prata no Mundial de 2006, cinco pódios em Grand Prix (que hoje é a VNL) e três em Copas do Mundo, ouro e prata nos Jogos Pan-Americanos, e muitos outros feitos.

Walewska brilhou igualmente em seus clubes, passando por praticamente todos os grandes times do Brasil. Foi nome fundamental para o primeiro título do Praia Clube em 2018. A equipe de Uberlândia aposentou a camisa 1 em sua homenagem em sua aposentadoria, em 2022.

Seu entrosamento com a levantadora Fofão e sua postura dentro e fora das quadras foram as características mais marcantes de Walewska, que foi treinada por muitos anos por José Roberto Guimarães e jogou com várias integrantes da atual equipe do Brasil, que disputa o Pré-Olímpico no Japão, como Thaísa, Tainara e Carol. A seleção homenageou Wal usando uma faixa no braço de cada jogadora com a letra W, o número 1 (de sua camisa) e um coração, além de fazerem um minuto de silêncio, antes do jogo contra a Turquia nesta sexta (22).

 

Walewska divulgava biografia e novos projetos

Walewska chegou a encontrar a seleção feminina antes da viagem ao Japão. Nesta semana, ela divulgava a sua biografia “Outras Redes” e a linha de chocolates saudáveis que vinha desenvolvendo. Visitou o centro de treinamento do Palmeiras na terça-feira (19), trocando livros com o técnico Abel Ferreira, e gravou participação no podcast do jornalista Alexandre Oliveira na quarta (20). O episódio foi ao ar pouco tempo antes da notícia do falecimento da jogadora.

“Tudo o que eu faço hoje é direcionado para mostrar o conhecimento que eu adquiri nesses 30 anos e falar disso. Tem algumas coisas que tocaram. O atleta não fala de dinheiro, de pós-carreira, não fala de planejamento, não se prepara estudando, aprendendo outras coisas para que quando ele caia no mundo fora da redoma, ele esteja pelo menos bem preparado. Não vou falar que será fácil, mas será um pouco mais fácil se ele tiver esse pensamento de que aquilo vai terminar um dia. Vou fazer 44 anos dia 1 de outubro. Eu tenho pelo menos mais 40 anos de vida produtiva. É um mundo inteiro que você tem que pensar quando está dentro da quadra”, disse Walewska em sua última entrevista, para Alê Oliveira.

 

Fonte: Olympics

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