Caros leitores, nesta terça-feira (08) e nesta quarta-feira (09), a coluna Giro Político traz um diagnóstico sobre os resultados das eleições tubaronenses do último domingo (06) e as possíveis movimentações em busca de espaço, tanto no Executivo quanto no Legislativo, que já está a todo vapor. Tudo isso na visão de Barnney Netto.
Senhoras e senhores, preparem-se para o maior espetáculo da terra… ou pelo menos de Tubarão! No picadeiro central, temos o Partido Liberal, o PL, conduzido pelo maestro Soratto, um homem tão em alta performance que já estão checando se ele não tem um motor turbo escondido em algum lugar. Soratto, o Houdini da política tubaronense, não só escapou das algemas da oposição como também fez todo seu partido desaparecer dentro de um chapéu mágico e reaparecer maior e mais forte do outro lado. Sua maestria é tanta que já estão cogitando mudar o nome do cargo de prefeito para “Maestro Supremo da Sinfonia Municipal”.
E que orquestra ele montou! No primeiro violino, temos João Zabot, o carro-chefe tão potente que já estão pedindo teste de doping eleitoral. Seguido de perto por Felipe Tessmann, que fez uma eleição tão grande que precisou alugar um galpão só para guardar os votos. Nilton Campos e Paula Anacleto completam esse quarteto fantástico, prontos para transformar a Câmara de Vereadores em um verdadeiro circo de três pistas. O PL se consolidou como a segunda maior força na Câmara com tanta facilidade que os outros partidos estão considerando pedir uma recontagem de votos… e de vereadores.
Mas, atenção! Nem tudo são flores no jardim do PL. As más línguas – aquelas cobras peçonhentas da política local – andam sibilando pelos corredores que nem tudo está tão harmonioso quanto parece no reino de Soratto. Dizem por aí que todos os eleitos prometeram jogar em sintonia, seguindo as regras como bons soldadinhos de chumbo. A imagem que pintam é a de uma orquestra perfeitamente afinada, com Soratto regendo e os vereadores tocando a mesma partitura. No entanto, sussurra-se pelos cantos que há uma ovelha negra no rebanho. Ou seria um lobo em pele de cordeiro? Rumores indicam que um dos eleitos – cuja identidade é mais secreta que a fórmula da Coca-Cola – pode estar planejando dar um “pulinho” maior que o permitido no script de Soratto.
Este misterioso rebelde sem causa aparentemente está considerando iniciar tratativas de forma isolada. Será que temos um Judas no meio dos apóstolos de Soratto? Um Romeu prestes a trair sua família política por alguma Julieta oposicionista? A grande questão que paira no ar, mais densa que a neblina numa manhã de inverno em Tubarão, é: será que este audacioso vereador realmente ousaria jogar contra o prefeito eleito logo no início da jornada? Seria como dar um tapa na cara do Poderoso Chefão e esperar sair ileso!
Nos bastidores, o clima é de um filme de espionagem de baixo orçamento. Olhares desconfiados são trocados em cada esquina da prefeitura. Cada cochicho é analisado com mais atenção do que as provas do ENEM. Os assessores de Soratto já estão praticando suas habilidades de leitura labial. Enquanto isso, o prefeito Soratto mantém uma fachada de calma e controle dignos de um jogador de pôquer profissional. Mas fontes próximas dizem que ele já encomendou um estoque de antiácidos e está praticando técnicas de respiração para manter a pressão sob controle.
O restante do PL observa essa novela política se desenrolar com uma mistura de fascínio e terror. É como assistir a um acrobata tentando fazer malabarismo com facas em cima de uma corda bamba – impressionante, mas com um potencial catastrófico enorme. E o povo de Tubarão? Bem, eles assistem a tudo isso com o mesmo interesse com que acompanhariam uma final de campeonato de futebol. Afinal, quem precisa de Netflix quando se tem a política local?
Resta saber se esse suposto rebelde realmente dará o passo ousado de desafiar o todo-poderoso Soratto ou se tudo não passa de fofoca de corredor para animar o tédio pós-eleitoral. Uma coisa é certa: em Tubarão, a política continua sendo o melhor show da cidade. Que comece o espetáculo!
