Vereador tem prisão preventiva decretada em operação do GAECO

Foram necessários menos de três dias para que aumentasse em mais de 50% o número de supostas vítimas da organização criminosa que praticava um esquema interestadual de estelionato contra idosos, desarticulada com a Operação Entre Lobos, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) na última terça-feira (22) em apoio à Promotoria de Justiça da Comarca de Modelo.

Mais 115 pessoas procuraram o Ministério Público em busca de ajuda, elevando para 330 o número de pessoas que teriam sido enganadas pelo grupo criminoso. O número pode crescer ainda mais, considerando o volume de ações revisionais movidas pelo escritório de advocacia dos investigados.

Operação “Entre Lobos”, deflagrada pelo Gaeco prendeu um vereador de Santa Catarina e seis advogados estão entre os 13 presos. A investigação mira um esquema de fraudes milionárias que teria como alvos principais idosos, aposentados e pessoas em situação de vulnerabilidade.

A Operação cumpriu simultaneamente 13 mandados de prisão – oito preventivas e cinco temporárias – e de 35 mandados de busca e apreensão em 12 municípios de cinco estados da Federação – Santa Catarina, Ceará, Rio Grande do Sul, Bahia e Alagoas.

O vereador Uilian Cavalheiro (MDB), que também atua como advogado em Xaxim, no Oeste catarinense, teve a prisão preventiva decretada. Além dele, foram detidos profissionais com registro ativo na OAB e empresários ligados a empresas de precatórios.

Em Santa Catarina, sete pessoas foram presas. Em Chapecó, foi detido João Paulo Ferronato, apontado como sócio-administrador da empresa Ativa Precatórios. Também foi preso o advogado Pablo Augusto Urqueta Gomez, com registro na OAB de Palmitos.

GAECO/Divulgação/SulSC

Em Xanxerê, a prisão temporária foi da advogada Gabriele Juli Gandolfi. Já em Pinhalzinho, a detida foi Ilete Maria Rodrigues de Farias. Em Itapiranga, a presa foi Jacinta Maria Nyland. Em Irineópolis, Mirian Kelli Klodzinski também teve prisão temporária cumprida.

No Rio Grande do Sul, a operação resultou na prisão de Leonel Paludo, em Planalto. A ação também foi executada em cidades da Bahia, Ceará e Alagoas.

Segundo o Gaeco, o grupo seria responsável por aplicar golpes bancários por meio da compra e venda de precatórios, usando documentos falsos e simulações para enganar vítimas e instituições financeiras. Detalhes sobre o envolvimento específico de cada preso ainda não foram divulgados.

”Neste momento o Ministério Público trabalha na análise dos documentos e recebe inúmeras novas reclamações de pessoas que teriam sido vítimas para que possa deflagrar a ação penal. Os dados coletados positivam que se tratava de organização estruturada que lesava muitas pessoas em Santa Catarina e também fora do Estado.

Pretendemos conseguir ressarcimento aos envolvidos, estancando a atuação ilegal dos investigados”, ressalta o Coordenador Estadual do GAECO, Promotor de Justiça Wilson Paulo Mendonça Neto. Durante a operação também foram apreendidos R$ 115,7 mil, além de 6,7 mil dólares e euros, sete veículos e duas armas com 60 munições.

Fonte/MPSC

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