Fatos na Cidade: Moradores de Tubarão lutam contra depósito de material em área residencial

Moradores da rua Profª Mylma Neves Carginin, no bairro Santo Antonio de Pádua, em Tubarão, relatam um cenário de frustração e impotência diante da instalação de um depósito de materiais da empresa Via San, contratada pela Saneamento Tubarão, em plena área residencial. Há meses, a comunidade busca, sem sucesso, uma solução junto aos órgãos municipais, evidenciando um aparente descaso por parte da Secretaria de Urbanismo da cidade.

O portal SulSC foi procurado por moradores que expressam o desespero de não saberem mais a quem recorre para que medidas cabíveis sejam tomadas. Segundo eles, uma denúncia já foi encaminhada ao Ministério Público há mais de quatro meses, mas até o momento, nenhuma ação concreta foi feita. A Secretaria de Urbanismo de Tubarão, por sua vez, teria garantido que as disposições legais fossem impostas, promessa que não se concretizasse.

Para os moradores, a presença de atividade de depósito de materiais em área residencial é considerada inadmissível. A situação é agravada pela presença de crianças e idosos nas proximidades do local, que sofrem com o barulho constante e a poeira gerada pelo intenso tráfego de máquinas e caminhões. As atividades ocorrem de segunda a sábado, começando cedo pela manhã e se estendendo até as 19h30, forçando os moradores a manterem suas casas e apartamentos trancados para se protegerem da poeira.

Imagens/SulSC 

Denúncia encaminhada através da Ouvidoria da Prefeitura:

” À
Prefeitura Municipal de Tubarão – SC/ Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente / Ministério Público Estadual.

Assunto: Recuperação coletiva sobre depósito irregular de areia em área residencial

Prezados, Nós, moradores da rua Profª Mylma Neves Cargnin- Santo Antonio de Pádua – CEP 88701-574, Tubarão SC. Viemos por meio desta manifestação de nossa insatisfação e solicitamos providências urgentes quanto à presença de um depósito de areia mantido de forma irregular em área residencial restrita há mais de três meses.

A atividade vem gerando diversos transtornos à atmosfera, tais como:
• Excesso de barulho em horários inapropriados, principalmente nas primeiras horas da manhã e no início da noite;
• Emissão de poeira e partículas em suspensão, afetando diretamente a qualidade do ar e a saúde dos moradores, especialmente crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias;
• Obstrução do trânsito local, especialmente nos horários de pico (entre 7h e 8h30 e entre 17h e 19h), dificultando o trânsito de veículos e o acesso dos moradores em suas residências.

Ressaltamos que esta atividade é incompatível com o uso residencial da área, infringindo normas de zoneamento urbano e colocando em risco o bem-estar e a segurança dos residentes.

Já tentamos dialogar com os responsáveis ​​pela atividade, mas não obtivemos resposta ou solução adequada. Diante disso, solicitamos que o órgão competente:
1. Realize uma vistoria no local;
2. Verifique a regularidade da atividade comercial;
3. Adotar as medidas cabíveis para cessar imediatamente a utilização da área como depósito de areia.

Anexamos abaixo uma lista de moradores signatários desta consulta, e nos colocamos à disposição para fornecer maiores informações, registros fotográficos e vídeos, caso necessário.

Na expectativa de uma resposta rápida e eficaz, agradecemos pela atenção.

Atenciosamente”.

A falta de resposta efetiva e a morosidade na resolução do problema por parte dos órgãos competentes, especialmente a Secretaria de Urbanismo, geram um sentimento de abandono na comunidade afetada. A instalação de um depósito de materiais em uma zona residencial levanta sérias preocupações quanto à segurança, à saúde pública e à qualidade de vida dos habitantes.

A situação expõe a necessidade urgente de uma fiscalização mais rigorosa e de uma atuação mais eficaz por parte das autoridades municipais para garantir que as leis de zoneamento e as normas de convivência urbana sejam respeitadas, protegendo assim o bem-estar dos cidadãos. Os moradores esperam que, com a exposição do caso, as providências que há meses deveriam ter sido tomadas finalmente saiam do papel.

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