CPI da Roçada – Ex-servidor detalha suposto esquema em contratos de conservação urbana com empresas da região sul

Após a denuncia de um suposto esquema de pagamentos envolvendo as empresas Ecosystem Serviços Urbanos e Sanitary Serviços de Conservação, foi instaurada a CPI  da Roçada no município de Gaspar. Os primeiros depoimentos aconteceram em julho deste ano, e agora está em um momento crucial.

Entenda a CPI da Roçada

A CPI foi instaurada a partir de uma sindicância administrativa aberta no ano passado, que, após apontar irregularidades na conduta das empresas Ecosystem Serviços Urbanos e Sanitary Serviços de Conservação e Limpeza Ltda., sugeriu o envio de uma denúncia à Câmara para a instalação de uma Comissão Parlamentar Processante.

No entanto, esse tipo de comissão só alcança os responsáveis de forma político-administrativa, e os secretários investigados já não ocupavam cargos públicos, o que inviabilizaria a aplicação desse tipo de sanção. Diante disso, o presidente da Câmara, Alex Burnier (PL), entendeu a necessidade de instaurar uma CPI.

Na 11ª Sessão Legislativa, foi aprovada a instalação da CPI da Roçada, com o objetivo de apurar suspeitas de irregularidades ocorridas em contratos da administração municipal (Contratos SAF nº 85/2015, 102/2020 e 1025/2024) com empresas especializadas em serviços de limpeza urbana no município de Gaspar. O requerimento — redigido pela Presidência da Casa Legislativa — contou com a assinatura dos treze parlamentares da Câmara de Vereadores de Gaspar.

A CPI da Roçada tem como presidente o vereador Ciro André Quintino (MDB) e, como relatora, a vereadora Alyne Karla Serafim Nicoletti (PL). Os demais membros da comissão são os vereadores Carlos Eduardo Schmidt (PL), Mara Lúcia Xavier da Costa dos Santos (PP) e Thímoti Thiago Deschamps (UNIÃO). Integram ainda a equipe de apoio os servidores da Câmara: Diego Inácio Vilvock; Marcos Alexandre Klitzke; Pedro Paulo Schramm; Ramires dos Santos e Samara Aparecida Marcelino.

 

Na última quinta-feira (23), o depoimento revelador do ex-servidor da Prefeitura, Ernesto Hostin, que trouxe à tona um suposto esquema de pagamentos envolvendo as empresas Ecosystem Serviços Urbanos e Sanitary Serviços de Conservação. Hostin, que foi chamado a depor após várias citações nas oitivas dos ex-secretários de Obras, Jean Alexandre dos Santos e Luiz Carlos Spengler Filho, detalhou como funcionavam os contratos SAF 08/2015, 102/2020 e 1025/2024. Durante sua oitiva, realizada na manhã de quinta-feira, 23, ele revelou que apresentou planilhas com inconsistências nos serviços de roçagem e limpeza urbana ao então prefeito Kleber Wan-Dall. No entanto, foi impedido pelo ex-chefe de gabinete, Jorge Pereira, de discutir novamente o assunto com o prefeito. Além disso, Hostin procurou o Procurador-Geral do Município, Felipe Braz, na tentativa de esclarecer as medições dos serviços prestados. O depoimento marca o fim da fase de oitivas da CPI, e a relatora, vereadora Alyne Serafim, deve apresentar o relatório final em breve.

Fonte/Jornal Metas

Receba outras notícias pelo WhatsApp. Clique aqui e entre no grupo do Sul SC.

RECOMENDADAS PARA VOCÊ​

Scroll to Top