O desastre de 5 de novembro de 2015, causado pelo rompimento da barragem de Fundão da Samarco (controlada pela Vale e BHP Billiton) no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG) , completa dez anos nesta quarta-feira (05). Naquele dia, a barragem do Fundão, operada pela empresa Samarco, se rompeu liberando cerca de 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração. O desastre matou 19 pessoas e deixou mais de 600 desabrigadas. Outras comunidades afetadas foram Paracatu de Baixo, Paracatu de Cima, Pedras, Águas Claras e Campinas.

Foto Antonio Cruz/ Agência Brasil/Divulgação/SulSC
A tragédia é lembrada como um marco na história ambiental brasileira, expondo falhas graves na fiscalização de barragens de rejeitos. Dez anos depois, a recuperação da bacia do Rio Doce e a reparação das comunidades atingidas, como Bento Rodrigues, seguem sendo processos complexos e lentos.
Segundo a empresa, já foram destinados R$ 68,4 bilhões para as ações de reparação e compensação. Nesse valor, estão R$ 32,1 bilhões pagos em 735 mil acordos de indenização individual.
A empresa defende que esses recursos “têm transformado a realidade econômica da bacia, estimulando o comércio, fortalecendo cadeias produtivas e gerando empregos”.

Obras de recuperação no Distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG) – Foto Divulgação/Fundação Renova/Divulgação/SulSC
As empresas responsáveis continuam sob obrigações judiciais para a reparação integral dos danos causados, um processo monitorado por órgãos ambientais e pelo Poder Judiciário. A data é marcada por homenagens às vítimas e por cobranças por justiça e pela não repetição de tais catástrofes.











