O ano em que a política perdeu o controle da narrativa
Mundial
No cenário internacional, o ano foi marcado pela continuidade de conflitos armados, instabilidade geopolítica e enfraquecimento dos organismos multilaterais. Guerras prolongadas, tensões no Oriente Médio e disputas entre grandes potências impactaram diretamente a economia global, pressionando cadeias de abastecimento, energia e alimentos. O mundo encerra o ano mais inseguro, mais polarizado e com menor capacidade de mediação.
Nacional
No Brasil, o período foi de acirramento institucional. A relação entre os Poderes se deteriorou, com avanço do Judiciário sobre atribuições do Legislativo e um Congresso frequentemente travado por interesses próprios. Decisões do Supremo Tribunal Federal provocaram reações políticas e populares, reacendendo o debate sobre limites institucionais e segurança jurídica.
A economia sentiu os reflexos desse ambiente. O custo de vida permaneceu elevado, o crédito seguiu restrito e pequenos empreendedores foram diretamente afetados. Promessas de estabilidade e crescimento não se converteram em melhorias perceptíveis no cotidiano da população. O país termina o ano mais dividido e desconfiado das instituições.

Imagem/Divulgação/SulSC
Estadual Santa Catarina
Em Santa Catarina, o ano foi de contrastes. Houve avanços em obras e investimentos, mas persistiram gargalos históricos em áreas como saúde, segurança pública e infraestrutura. As cobranças ao governo estadual aumentaram, enquanto a expectativa por soluções mais eficientes seguiu alta.
O cenário político catarinense também passou a se movimentar de forma antecipada para 2026. Articulações, reposicionamentos e disputas internas ganharam espaço, muitas vezes desviando o foco da entrega de resultados concretos.

Municipal
Nos municípios, a política foi marcada por restrições orçamentárias, desgaste das gestões e cobrança crescente da população. Prefeitos e câmaras municipais enfrentaram um eleitor mais atento, crítico e menos tolerante a discursos vazios.
Em diversas cidades, obras atrasadas, serviços deficientes e conflitos políticos locais evidenciaram a fragilidade da gestão pública quando falta planejamento e responsabilidade.
Conclusão
A retrospectiva do ano revela um padrão preocupante crises em todos os níveis, distanciamento entre quem governa e quem é governado e uma política cada vez mais desgastada. O próximo período exigirá mais seriedade, menos vaidade e decisões que priorizem a população, não projetos pessoais ou disputas de poder.
Que venha 2026……
@sabrinazminatto













