Olá! Você está vendo estes “selos de sustentabilidade” nas embalagens que você consome? Hoje, eu trarei uma reflexão sobre dois temas que estão intimamente relacionados, se utilizados de maneira sistêmica, o “capitalismo consciente” e o “ecodesign solarpunk”.
Sozinho, o capitalismo entra em total conflito com o conceito de “ecodesign solarpunk”, pois incentiva os indivíduos a extrair mais do que contribuir, às custas de outras pessoas e do planeta. Além disso, os motivos de lucro levam à superprodução e à obsolescência programada, que desperdiçam recursos. O capitalismo sem consciência é um sistema econômico no qual os indivíduos buscam lucro vendendo seus bens e serviços em um mercado onde os preços são ditados pela oferta e demanda. É o sistema econômico predominante na maioria dos países hoje e já está fadado ao fracasso, pelas inconsequências dos desastres climáticos e impactos ambientais causados pelo homem.
E para que nossa reflexão humana seja positiva, precisamos avaliar o “capitalismo não consciente” como um abuso de compras. Aproveito esse espaço digital, para lembrarmos do nosso (13° salário) entrando no bolso, e logo saindo deste, em função das datas festivas, como exemplo: Natal, Réveillon e as férias, que trazem a energia do turismo e do Carnaval, e quando nosso desejo por compras aumenta 70%. Aqui podemos entrar em um “lupping negativo” de nossas contas sem ter nenhum zelo e consciência econômica, porém se utilizarmos de “capitalismo consciente” e “ecodesign solarpunk”, eles nos ensinarão lições valiosas sobre a integração da sustentabilidade na concepção de produtos e processos.
Algumas das lições mais importantes que o ecodesign solarpunk pode ensinar incluem:
• Consciência ambiental: O ecodesign solarpunk nos ensina a considerar o impacto ambiental de nossas ações e decisões, promovendo uma maior consciência sobre a importância da preservação dos recursos naturais;
• Pensamento sistêmico: Ao aplicar o ecodesign solarpunk, aprendemos a considerar os sistemas complexos e interconectados que envolvem a produção, o consumo e o descarte de produtos, incentivando uma abordagem holística e integrada;
• Inovação sustentável: O ecodesign solarpunk nos ensina a buscar soluções inovadoras que atendam as necessidades humanas sem comprometer o meio ambiente, estimulando a criatividade e a busca por alternativas mais sustentáveis;
• Eficiência e Otimização: Por meio do ecodesign solarpunk, aprendemos a otimizar o uso de recursos, reduzir desperdícios e maximizar a eficiência em todas as etapas do ciclo de vida do produto, desde a extração de matérias-primas até o descarte final;
• Responsabilidade social: O ecodesign solarpunk nos ensina a considerar não apenas os aspectos ambientais, mas também os impactos sociais de nossas decisões, promovendo a responsabilidade social e a equidade em nossas práticas de produção, adotando o design universal através da norma técnica ABNT NBR 9050.
Essas lições são fundamentais para a construção de um futuro mais sustentável, e também estão associadas aos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, com o cumprimento da “Agenda 2030”, contribuindo para a educação da sociedade, com maior conscientização, inovação e a responsabilidade das empresas e indivíduos em relação ao meio ambiente e à sociedade como um todo.
Conheça os 10 tipos de ecodesign solarpunk:
• Design de embalagens sustentáveis;
• Design de produtos feitos com materiais reciclados;
• Design de produtos com baixo impacto ambiental;
• Design de produtos com eficiência energética;
• Design de produtos com menor consumo de recursos naturais;
• Design de produtos biodegradáveis;
• Design de produtos reutilizáveis;
• Design de produtos com ciclo de vida prolongado;
• Design de produtos com menor geração de resíduos;
• Design de produtos com menor emissão de poluentes.
Quanto ao capitalismo consciente das embalagens solarpunk, é importante considerar que a indústria de embalagens está passando por mudanças significativas devido à pressão dos consumidores, regulamentações governamentais e preocupações com o meio ambiente, e o Brasil está reformulando leis globais e práticas mais sustentáveis da Agenda 2030. Com o aumento da conscientização sobre os problemas ambientais, as empresas estão sendo cada vez mais pressionadas a adotar práticas mais sustentáveis em relação às embalagens.
A tendência é que o capitalismo consciente das embalagens evolua para um modelo mais sustentável, implantando os objetivos: ODS 9- Indústria Inovação e Infraestrutura, ODS 11- Cidades e comunidades sustentáveis, ODS 12- Consumo e produção responsáveis, e ODS 13- Ação contra a mudança global do clima. Com uma maior ênfase na redução do desperdício, no uso de materiais recicláveis e na adoção de práticas de produção mais limpas. Além disso, as empresas também buscam soluções inovadoras, como embalagens reutilizáveis e sistemas de logística reversa, para reduzir o impacto ambiental das mesmas.
No entanto, é importante ressaltar que a transição para um modelo mais sustentável solarpunk na indústria de embalagens exigirá mudanças significativas no sistema econômico e na mentalidade dos consumidores. As empresas precisarão repensar suas estratégias de produção e comercialização, e os consumidores precisarão estar dispostos a apoiar e adotar práticas mais sustentáveis em relação ao consumo e descarte de embalagens.
Em resumo, o capitalismo consciente e o ecodesign solarpunk podem contribuir significativamente para a redução do impacto ambiental e para a transição para um modelo mais sustentável, pois representa uma abordagem essencial para as empresas que buscam conciliar a produção industrial com a sustentabilidade, contribuindo para a preservação do meio ambiente e atendendo demandas de consumidores conscientes. Ao adotar práticas de ecodesign, as empresas têm a oportunidade de inovar, diferenciar-se no mercado e contribuir para a construção de um futuro mais sustentável.
Espera-se que este enfoque inspire as empresas a integrarem a sustentabilidade em suas operações, promovendo um equilíbrio entre a produção e a preservação ambiental.
Como projetista ecodesigner e arquiteta urbanista, convido você a promover as mudanças de comportamentos em suas atitudes cotidianas, leia e informe-se sobre como será o futuro das produções em escala, invista em marcas conscientes.