Os aviários comerciais de Santa Catarina continuam a resistir à ameaça da influenza aviária, mas a vigilância e a aplicação rigorosa de medidas preventivas são essenciais para garantir a segurança do setor avícola no estado. Santa Catarina, reconhecida como uma potência nacional na produção aviária, enfrenta desafios significativos em meio à constante movimentação de aves migratórias que podem carrear o vírus.
Produtores avícolas estão sendo instruídos a adotar medidas preventivas rigorosas para proteger suas criações da potencial ameaça da influenza aviária. Entre as principais orientações estão: Isolamento e controle de acesso; manter aves de criação isoladas de aves de vida livre; telar os aviários para evitar contato direto; restringir o acesso à área de criação de aves, permitindo apenas a entrada de pessoas essenciais ao manejo diário; utilizar pares de calçados exclusivos para a área avícola; higiene e tratamento de água; fornecer água tratada e limpa para as aves; implementar medidas de higiene rigorosas para evitar a propagação de agentes patogênicos; e alerta para avianos migratórios.
A presença de aves silvestres e marinhas, cujas rotas migratórias abrangem Santa Catarina, aumenta a preocupação com a introdução da influenza aviária no estado. Os produtores são aconselhados a manter vigilância constante, uma vez que essas aves migratórias podem trazer consigo o vírus, colocando em risco a saúde das aves de criação.
Em caso de aves apresentando sintomas respiratórios ou nervosos, os produtores são incentivados a notificar imediatamente a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc). A notificação pode ser realizada de forma eficiente através do Sistema Brasileiro de Vigilância e Emergência Veterinária (Sisbravet), disponível on-line.
Cenário nacional e importância de Santa Catarina
Santa Catarina destaca-se como uma potência nacional na produção aviária, desempenhando um papel vital no fornecimento de aves e produtos avícolas para todo o país. De acordo com dados oficiais de 2021, o Estado contribuiu com mais de cinco milhões de toneladas de carne de frango para o mercado nacional, consolidando sua posição como líder no setor.
O comprometimento contínuo com as melhores práticas de manejo e as medidas preventivas é crucial para preservar a reputação do estado como referência na avicultura brasileira. No último ano registrado, Santa Catarina exportou mais de 1,2 milhão de toneladas de carne de frango, representando uma significativa fatia do mercado internacional e contribuindo para a balança comercial do país.
A influenza aviária é uma ameaça global, e a prevenção eficaz desempenha um papel central na manutenção da saúde das aves de criação. O setor avícola de Santa Catarina, reconhecido por sua excelência, enfrenta o desafio com resiliência, reforçando a importância da cooperação entre produtores, autoridades e a comunidade para manter os aviários do estado livres dessa ameaça persistente.
Para manter Santa Catarina livre da Influenza Aviária e de outras doenças animais, e de pragas que possam afetar a produção agropecuária ou a saúde da população, a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) não mediu esforços em fiscalização em 2023, mas sobretudo investiu em educação sanitária. Segundo a presidente da Companhia, Celles Regina de Matos, com o apoio do governo do Estado, após mais de dez anos a empresa realizou investimentos na renovação de frota de veículos especializados, com 15 novos veículos, sendo dez caminhonetes de grande porte, e cinco caminhonetes de menor porte, no valor total de R$ 2.718.012,36.
Os veículos foram destinados aos Departamentos Regionais da Cidasc, que cumpriram e superaram suas metas na defesa sanitária da avicultura, no ano em que a Influenza Aviária chegou ao estado catarinense. Outro aspecto avaliado: Os melhores resultados em auditoria da atividade meio, no setor administrativo. “Esses veículos foram adquiridos com recursos do Governo do Estado, destinados às ações de prevenção e enfrentamento à Influenza Aviária de Alta Patogenicidade. O apoio do governo estadual foi fundamental para irmos ainda mais longe na proteção sanitária do plantel comercial de Santa Catarina. O time da atividade administrativa nos dá condições de realizar tudo o que foi planejado”, destaca a presidente da Cidasc.