As vendas do iPhone 15 começam nesta sexta-feira (22) nos Estados Unidos. No país, o modelo mais simples chega custando US$ 799 (cerca de R$ 4.107 em conversão direta do câmbio de turismo e sem impostos), enquanto o iPhone 15 Pro Max mais robusto, de 1 TB, sai pelo preço de US$ 1.119 (R$ 6.163). No Brasil, por sua vez, os mesmos modelos foram anunciados por R$ 7.299 e R$ 13.999, respectivamente. A diferença é de R$ 3.192, para a opção convencional, e de R$ 7.836, para a versão premium. Diante de tamanha disparidade, muitos brasileiros cogitam a possibilidade de importar o smartphone para economizar.
Apesar de a importação ser uma operação aparentemente vantajosa, é preciso levar em consideração impostos e taxas alfandegárias antes de decidir comprar o smartphone no exterior. Nas linhas você encontra os principais fatores que você deve observar. Continue a leitura e descubra se, para você, vale a pena importar o iPhone 15 dos Estados Unidos.
Impostos nos Estados Unidos
A mais recente linha de iPhones da Apple chegou ao mercado americano com uma faixa de preços que parte de US$ 799 e vai até US$ 1.599 — do iPhone 15 de 128 GB ao iPhone 15 Pro Max de 1 TB. No entanto, é importante levar em conta que esses valores podem sofrer acréscimos devido aos impostos locais.
Nos Estados Unidos, as taxas de impostos variam de estado para estado. Nova Iorque, por exemplo, tem uma taxa de 8,49%; na Flórida, o número é e 6,80%. Considerando a taxa de câmbio do dólar de turismo a R$ 5,14, isso significa que, se você comprasse o iPhone 15 de 128 GB, que custa US$ 799, pagaria R$ 4.107 pelo celular em Nova Iorque mais 8,49% de taxa. O preço final ficaria em R$ 4455. Na Flórida, o mesmo smartphone custaria R$ 4.386.
Alguns estados dos EUA, como Delaware, Montana, New Hampshire e Oregon, não aplicam impostos sobre vendas, oferecendo vantagens para os compradores. Portanto, para quem planeja comprar o novo iPhone durante uma viagem aos EUA, é interessante considerar esses estados, ou outros com taxas de impostos mais baixas, como o Alasca (1,43%) e o Havaí (4,35%).
Além disso, o sistema de “Tax Free” está disponível no Texas e na Louisiana, onde as taxas de impostos são de 8,17% e 9,45%, respectivamente. Nessa modalidade, os consumidores pagam os impostos no momento da compra, mas são reembolsados posteriormente.
IOF brasileiro
Caso você opte por efetuar a compra do iPhone 15 diretamente de uma loja dos Estados Unidos usando um cartão de crédito internacional, terá de contabilizar a cobrança do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) no valor final do produto. Atualmente, para compras internacionais utilizando cartão de crédito, a taxa é de 5,38%.
Uma forma de escapar dos 5,38% do tributo é abrir uma conta internacional em dólar. Ao fazê-lo, você pode escolher quanto dinheiro quer enviar para essa conta, a partir de outra conta em real. A conversão das moedas é feita instantaneamente no aplicativo, e é possível usar um cartão de débito no exterior sem cobrança de IOF. Além disso, o câmbio mais baixo, já que é considerado o dólar comercial, em vez do turismo.
Entre as instituições que oferecem conta internacional está a Wise (antiga TransferWise). A abertura pode ser feita pela Internet, seja pelo computador ou aplicativo para Android e iPhone (iOS), e é totalmente gratuita. Após a conclusão do cadastro, a empresa envia o cartão de débito internacional para o endereço informado. Ao usar o cartão Wise, você paga apenas 1,1% de IOF na hora de converter reais para qualquer moeda estrangeira. Depois disso, você gasta diretamente na moeda estrangeira, sem se preocupar com impostos.
Limite de importação da Receita Federal
Também é preciso ficar atento à possibilidade de taxação pela Receita Federal. O governo brasileiro estipula uma cota de US$ 1.000 para compras livres de impostos para cada pessoa que estiver chegando por via aérea ou marítima. Caso o valor exceda essa cota, será aplicada uma taxa de 50% sobre o valor excedente. Isso significa que, se você comprar o iPhone 15 Pro Max de 256 GB, que custa US$ 1.199, terá de pagar US$ 99,50 de excedente.
Uma consideração importante é que, em alguns casos, os smartphones podem ser classificados como itens de uso pessoal e, portanto, não serem contabilizados nessa cota. No entanto, para se qualificarem como tal, os celulares não deverão estar lacrados e deverão apresentar evidências de uso pessoal efetivo.
Afinal, vale a pena importar o iPhone 15?
O custo bruto dos modelos de iPhone 15 é, em média, 108,5% mais caro no Brasil. Apesar de a disparidade ser grande, o consumidor que optar por importar o produto não deve levar apenas isso em consideração. Para não ser surpreendido com taxas que representam um acréscimo significativo no preço final, é importante conhecer os custos cobrados em impostos americanos e brasileiros. Por isso, se você pretende trazer um iPhone 15 de uma viagem ao exterior, faça a conta do preço final levando todas as taxas mencionadas em consideração.
Fonte: TechTudo