Na segunda-feira (13) aconteceu a Audiência Pública sobre as divisas intermunicipais entre Imbituba e Laguna, que foi promovida pela ALESC. Não há dúvidas que essa é uma oportunidade para ouvir a população, principalmente de Itapirubá, que foi esquecida pela gestão lagunense nas últimas décadas.
Alguns deputados estaduais (que me nego a citar o nome para não dar publicidade) apresentaram o projeto de lei 26/2023, que aborda os limites territoriais de Imbituba, Laguna e Garopaba. Contudo, o assunto já foi abordado no Poder Judiciário, inclusive com sentença transitada em julgado, que define a divisão da área pelas coordenadas já definidas.
Mesmo assim, esses “deputados” apresentaram esse projeto de lei sem considerar a manifestação da justiça. Ou seja, é explícito a existência de um movimento político que pretende rever uma decisão judicial.
Apesar de todos esses detalhes técnicos, a população de Itapirubá tem razão de estar descontente com Laguna. A reclamação sobre o descaso da gestão pública é antiga, anterior à gestão atual. No entanto, o Prefeito de Laguna fez questão de evidenciar o desleixo, não só em Itapirubá mas em toda a cidade.
Como se não bastasse, o Prefeito de Laguna fez um discurso pífio, desprovido de qualquer conhecimento técnico, indo de encontro ao desejo político desses “deputados” que nada tem a ver com Laguna. Inclusive, o gestor municipal falou em “oportunizar as oportunidades para ouvir a população”.
Caros leitores, vocês tem noção do quanto essa fala é estúpida? A população lagunense anseia pelo afastamento deste fantoche chamado de Prefeito. Seja pela renúncia, cassação ou prisão, não importa o modo, mas a nossa cidade não tem mais condições de ser gerida por esta turma, que parece mais com uma máfia – ou uma organização criminosa.
Para a felicidade do povo lagunense, o Prefeito não foi o único representante da nossa cidade a fazer uso da palavra. A vereadora Deise Cardoso fez questão de defender a manutenção da praia de Itapirubá no território lagunense. Resultado? Foi muito vaiada. Mesmo assim, parabenizo a vereadora pela coragem e a coerência no seu discurso.
Por fim, o Presidente da Câmara de Laguna (provavelmente será Prefeito em 2024 ou antes), Hirã Floriano Ramos, tentou apaziguar os ânimos, apontou os detalhes técnicos de toda a discussão, principalmente sobre a ação da demarcação com trânsito em julgado. Também fez questão de mencionar a inércia do poder público, a insatisfação das comunidades isoladas que sustentam a tese do desmembramento.
Hirã e Deise são advogados, conhecedores da Lei e dos princípios básicos da administração pública. Não é possível afirmar o mesmo sobre o Prefeito de Laguna, que se vendeu como um excelente gestor, mas entregou um desastre que perdurará por décadas.
Como disse o Prefeito: “vamos oportunizar as oportunidades para ouvir a população.” Eu acredito que se a população lagunense fosse realmente ouvida, tanto o Prefeito como o Vice seriam deportados a Imbituba para, quem sabe, concorrer a próxima eleição por lá e levar essa maldição que eles chamam de gestão, ou “guerra contra o atraso”.