Tensão política toca a América Latina

Parece que a inquietação entre governos não ficou exclusiva à Europa e aos países africanos, visto que o interesse do líder venezuelano, Nicolás Maduro, no petróleo guianês, e do presidente eleito da Argentina, Javier Milei, nas Ilhas Malvinas, trouxe clima de animosidade entre os envolvidos.

Maduro convocou um referendo para carimbar um suposto apoio popular para invadir o país vizinho, com a pretensão de que dois terços daquela nação pertence à Venezuela, esse interesse está longe do acaso, já que a Guiana descobriu em sua margem equatorial 75% do petróleo do Brasil, e que tem rendido bons frutos, com a concessão à ExxonMobil em 2015, o país conta com uma reserva de oito bilhões de barris, portanto, a Guiana Britânica fica dentre os países que mais vem crescendo no mundo, elevando a economia de potências como o Qatar, acabou saltando aos olhos da Venezuela.

O governo federal brasileiro se mantém silente diante das palavras do ditador Nicolás Maduro, amigo pessoal do presidente Lula, e que fez visita neste ano a solo brasileiro. O atual presidente da Guiana, Mohamed Irfaan Ali, fez um apelo, em caráter de urgência, ao governo brasileiro, para que interceda na decisão do governo venezuelano em invadir seu país. Resta esperar se Lula vai abrir aquela “cervejinha” e solucionar conflitos bélicos entre os países.

Na outra ponta do continente, temos declarações do então presidente Milei com vistas às Ilhas Malvinas, palco de guerra entre seu país e o Reino Unido no ano de 1982, com 74 dias de conflito e um saldo de cerca de 650 argentinos abatidos, tendo, então, os ingleses vencedores do combate armado.

O interesse de Javier é ressuscitar o espírito nacionalista do povo argentino, porém, o real interesse está oculto, já que, com o fim do tratado da Antártida, o qual se estende até 2040, algumas nações entrarão em conflito pela exploração de petróleo na região. Milei não cogita conflito armado, quer buscar pelas “vias diplomáticas” o poder sobre as ilhas, por outro lado, o governo do Reino Unido responde que a questão que trata as Malvinas já está consolidada, e reforça a segurança das ilhas com navios da marinha.

Encerrando nas sábias palavras de Erich Hartmann, piloto do Exército alemão na segunda guerra, proferiu uma frase crítica a conflitos que diz o seguinte: “A guerra é um lugar onde jovens, que não se conhecem e não se odeiam, matam-se por decisões de velhos que se conhecem e se odeiam, mas não de matam”.

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