França joga balde de água fria em acordo de livre comércio entre Mercosul e UE

Imagem meramente ilustrativa/Sul SC

O que nunca foi novidade para ninguém, pegou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de surpresa, o protecionismo europeu, em especial a França do presidente Emmanuel Macron.

Os devaneios amorosos de Lula por Macron foram colocados à prova essa semana durante uma reunião bilateral entre os chefes de Estado, onde Macron se postou contra os acordos comerciais, pois, segundo o presidente francês, esse acordo “estaria mal remendado”, e classificou como “antiquado”, e que ele não é “bom para ninguém”.

Seria de uma ingenuidade ímpar achar que a UE, com destaque à França, iriam abrir as portas para importações sabendo o tamanho da produtividade e a qualidade dos produtos latinos têm sobre aqueles. Ainda, segundo o mandatário francês, o acordo não respeita a biodiversidade e o clima.

Esse impasse diplomático tem um vilão, uma verdadeira pedra no sapato francês, a carne latina, o gado Francês pasta somente oito meses no ano, devido ao clima frio, bem como a capacidade de criação em larga escala dos produtos latinos, levando em conta extensas porções territoriais, também para igualar a criação de bovinos, dentro dos termos do acordo estaria a exportação de soja para solo francês para o consumo destes. Não ficando atrás da criação de bovinos, outra grande força nos países integrantes do Mercosul é a criação de aves e suínos.

Outro impasse criado, segundo associações francesas de produtores, os pecuaristas pertencentes ao Mercosul abusam de defensivos agrícolas, e que em seu país o controle é muito mais rigoroso. Em réplica, os pecuaristas latinos afirmam que o clima tropical daqui favorece o surgimento de insetos, o que justificaria o uso de agrotóxicos, não à toa, essa assinatura vem sendo protelada a décadas.

Fato curioso, que salta aos olhos de qualquer ambientalista é a preocupação da França na fauna e na flora amazônica, se por de trás desse obscuro zelo não existisse uma França colonialista, que mantém 14 países sob seu jugo, com acordos extrativistas. Essa mesma França que financia a guerra por meio de golpes de Estado e sangra o solo africano com a extração de urânio, ouro, diamantes e manganês. Enquanto isso nas mídias pipocam financiamentos de milhões vindos da França em parceria com ONGs, para “salvar” a Amazônia, cômico se não fosse trágico.

Essas narrativas de defesa do meio ambiente visam pura e tão somente criar dificuldades para países integrantes do Mercosul e políticas protecionistas para produtores europeus. A carga tributária brasileira e a superioridade tecnológica de países e a UE causam temor nos pequenos produtores nacionais que não teriam competitividade, tamanha superioridade tecnológica e acesso a créditos bancários o que torna temeroso a assinatura desse acordo.

Então qual a essência do acerto? A abertura quase total do mercado brasileiro, via eliminação dos impostos de importação, a uma concorrência desigual, ou seja, um contrato Leonino que vem a onerar somente uma das partes contratantes.

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