Laguna vencerá a crise

Lagunenses e caros leitores, me incomoda falar tanto dos problemas da cidade que amo. No último final de semana, por exemplo, as cenas da baderna do público que se aproveitou do Moto Laguna – um evento controverso, que precisa de correções, mas a proibição não resolve.

Mesmo assim, é importante apontar os erros para que o bom caminho seja revelado. Desde que me entendo por gente, a cidade de Laguna é uma grande promessa. As praias lindas banhadas pelo oceano Atlântico brilharam os olhos dos empreendedores do turismo. As lagoas, o rio que desemboca, as costas e nossas matas melhoram o humor de qualquer ser humano.

No entanto, essa promessa nunca se cumpriu. Até os grandes empresários do ramo da construção civil, talvez os principais responsáveis pela especulação imobiliária no bairro Mar Grosso, estão decepcionados com os nossos gestores públicos.

Grande parte dessa decepção surge da inobservância de um esquema basilar em qualquer processo de vendas: a criação do desejo. Tal regra é desprezada pelo poder público, a não ser que seja a geração do desejo de desastre em razão da péssima administração.

Mas o setor privado também peca muito nesse quesito. É inconcebível que os setores gastronômico e de hotelaria não se organizem para despertar o desejo dos turistas de visitar Laguna. Ainda mais nos dias de hoje, onde uma postagem patrocinada na rede social pode alcançar todo o mundo.

Mesmo com as recorrentes gestões que nada fizeram pelo turismo de Laguna, e a desunião do setor privado que também pouco faz para despertar o desejo dos turistas, eu acredito que Laguna vencerá a crise.

Não só acredito, como trabalho dia após dia para que isso aconteça. Eu acredito nas belezas naturais, na nossa história e cultura. Mas existe um elemento que me enche de alegria: o povo.

Eu cresci sobre a graça da família Martins Pinho, um grupo extremamente acolhedor, com o espírito coletivo muito aguçado. Não resta dúvida que, para vencer a crise, o povo lagunense precisa se esforçar um pouco mais. Trabalhar, fiscalizar, acolher, transformar a realidade, nós temos capacidade de fazer tudo isso.

Laguna vencerá a crise, mas não dependemos de um salvador da pátria. Dependemos de nós mesmo, da nossa união por uma cidade melhor. Caso contrário, nossa cidade continuará a ser administrada por parasitas de outras cidades, que pouco se importam com os laguneses.

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