No Sul de SC, somente Jaguaruna tem 100% de praias próprias para banhistas

Banhista de Tubarão aproveitando dia sem nuvens na Praia do Sol, uma das que não entram no radar de aferição do IMA-SC (Foto: Rafael Andrade/Sul SC)

Balneário Arroio do Silva, Balneário Gaivota, Balneário Rincão, Garopaba, Imbituba e Laguna. O que esses municípios litorâneos do Sul de SC têm em comum? Todos apresentam praias contaminadas com os conhecidos coliformes fecais, isso mesmo, cocô. Essas cidades não tratam adequadamente o seu esgoto, e canalizam boa parte ou praticamente tudo que seus habitantes produzem para os rios e córregos, e que acabam tendo como foz o mar. Somente Jaguaruna está com todos os pontos analisados pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA) próprios para banho. O relatório de balneabilidade pode ser conferido na íntegra abaixo.

A Escherichia coli é uma bactéria comumente encontrada no trato gastrointestinal de humanos e animais. Quando presente em ambientes aquáticos, como praias, pode indicar contaminação por esgoto ou resíduos animais, representando um risco à saúde pública. E é justamente essa danadinha que mancha a imagem desses municípios nesta época do ano de alta temporada.

De acordo com as amostras coletadas nos 238 pontos monitorados pelo Instituto no litoral catarinense, 145 estão próprios para banho, o que representa 60,92%. Em Florianópolis, dos 87 pontos, 67 estão adequados, o que equivale a 77,01%. O Programa de Monitoramento da Balneabilidade do IMA contempla 28 municípios litorâneos e mais de 100 praias e/ou balneários do Sul ao Norte de Santa Catarina, compondo as cidades de: Araranguá, Balneário Arroio do Silva, Balneário Gaivota, Balneário Camboriú, Balneário Barra do Sul, Balneário Rincão, Barra Velha, Biguaçu, Bombinhas, Florianópolis, Garopaba, Governador Celso Ramos, Imbituba, Itajaí, Itapema, Itapoá, Jaguaruna, Joinville, Laguna, Navegantes, Palhoça, Paulo Lopes, Passo de Torres, Penha, Balneário Piçarras, Porto Belo, São Francisco do Sul e São José.

Metodologia e legislação
As amostras são analisadas pelo método fluorogênico tendo como substrato o Colilert-18, conforme diretrizes do Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª edição, Método 9223 B que consiste na quantificação dos coliformes totais e Escherichia coli.

Atenção, banhistas!
Não é recomendado o banho de mar nas primeiras 24/48 horas após a ocorrência de chuvas de maior intensidade, bem como, nas proximidades de saída de canais ou galerias de águas pluviais, pois as chuvas podem arrastar material contaminado, o que pode deteriorar a qualidade das águas para banho.

Divulgação
De novembro a março, o IMA realiza o monitoramento da balneabilidade das praias catarinenses semanalmente, e às sextas-feiras, divulga um release com o balanço da semana. Já entre os meses de abril e outubro, a pesquisa e a divulgação são mensais.

Confira os dados no relatório abaixo:
relatorio_n2-2023

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