Filho de cofundador do Hamas deixou grupo terrorista para virar espião de Israel: ‘Não me senti culpado’

Mosab Hassan Yousef passou dez anos colaborando com o serviço para ajudar a prender terroristas do Hamas envolvidos em atentados com explosivos. Um relato impressionante sobre terrorismo, traição, intrigas políticas e escolhas impensáveis. Mosab, autor da obra juntamente com Ron Brackin, jornalista investigativo norte-americano especializado em Oriente Médio, atualmente com 45 anos (nascido em 1978, em Ramallah, Cisjordânia, capital administrativa da Palestina), vive na Califórnia há algum tempo e atende pelo nome de Joseph. Sua história impressiona mesmo: ele é filho de um dos sete líderes fundadores da organização terrorista palestina Hamas (1987), xeique Hassan Yousef, e relata como acabou se tornando, por força das circunstâncias, espião do Shin Bet, serviço de segurança israelense, por cerca de 10 anos.

Dados obtidos por meio da colaboração de Mosab com Israel permitiram evitar dezenas de atentados no país e salvar a vida de centenas de pessoas dos dois lados da fronteira, inclusive a do próprio pai, sem que este soubesse, claro. Vivendo nos bastidores do Hamas, Mosab testemunhou as manobras políticas e militares que contribuíram para aumentar a tensão no Oriente Médio, descambando várias vezes para sangrentas disputas entre palestinos e judeus. Recentemente, infelizmente, resultou no ataque terrorista de 7 de outubro, com consequências ainda imprevisíveis.

De modo geral, muitas crianças palestinas crescem aprendendo a odiar os judeus (o que é até ensinado nas escolas da ONU na Palestina) e são estimuladas a lutar contra eles, como aconteceu na infância e juventude de Mosab, não por influência do pai, ressalte-se. Preso por contrabando de armas aos 17 anos, ele é interrogado pelo Shin Bet e enviado para a prisão. Lá, fica chocado e revoltado com a brutalidade que os membros da organização terrorista empregavam contra os próprios palestinos na prisão por qualquer suspeita ou não adesão às suas ordens, como também se revolta com a crescente onda de atentados suicidas praticados contra os habitantes de Israel.

Mosab disse: “Você pode dizer que fui influenciado pela consciência de Cristo. Alguém que foi crucificado pela sua própria verdade. E isso realmente me inspirou porque tive que crucificar meu ego. Tive que crucificar minhas identidades nacionais e culturais.”

Ele se tornou espião do Shin Bet, o serviço de segurança interna de Israel, para prender terroristas do Hamas envolvidos em atentados com explosivos. O Príncipe Verde, como era chamado em alusão à cor do Hamas e à importância do seu pai na organização, passou 10 anos colaborando com o Shin Bet. Após passar 16 meses em uma penitenciária israelense, decidiu que mudou sua vida para sempre.

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“Passei a ver a verdadeira natureza do Hamas enquanto eles torturavam o nosso próprio povo”, contou Mosab. Nesse tempo, ele passa a estudar e conhecer melhor o cristianismo, ao qual se converte depois que emigra para os Estados Unidos. Em 2010, publica “Filho de Hamas”, contando sua história. Através da leitura, vemos que os membros do Hamas e outros líderes de organizações islâmicas, mesmo no passado, como Yasser Arafat, por exemplo, que Mosab detestava por sua falsidade, jamais se importam realmente com o destino dos palestinos. Alguns deles, os que de fato decidem as coisas, vivem longe da área de conflito, levam uma vida segura e confortável no Qatar.

Esses mesmos milionários, conforme relata Mosab, nunca quiseram de verdade celebrar a paz com Israel, porque, sendo fanáticos e aproveitadores, pretendem criar um estado islâmico global e levar sua “guerra santa” contra todos os infiéis, ou seja, todos aqueles que não professam as mesmas ideias de Maomé. Empatia, compaixão e ética jamais farão parte do vocabulário dos muçulmanos radicais. No Brasil, há uma porção de gente como o governo e jornalistas com ele comprometidos que, por razões ideológicas, recusam-se a classificar o Hamas como organização terrorista, o que de fato ele é e fica amplamente provado nesta obra. A esquerda bajula a Rússia e demoniza Israel e Estados Unidos.

Em 7 de outubro de 2023, o grupo terrorista Hamas invadiu o território de Israel e matou cerca de 1,4 mil pessoas, sequestrando cerca de 200 que foram levadas para a Faixa de Gaza. No mesmo dia, Israel declarou guerra ao Hamas e, até o momento, matou 12,3 mil pessoas na Faixa de Gaza, segundo o governo do Hamas (os números não puderam ser verificados de forma independente).

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