Falsificação: 31 pessoas são presas em fábrica clandestina

Uma fábrica clandestina de adulteração de cervejas foi fechada na Zona Sul de São Paulo na última semana. A ação foi realizada pela Polícia Civil de São Paulo. As autoridades descobriram um esquema de falsificação porque comerciantes desconfiaram que cervejas de marcas conhecidas eram vendidas por um preço muito abaixo do mercado.

A descoberta foi feita no Jardim Ângela, onde policiais do 2° Distrito Policial, no Centro, encontraram 31 pessoas trabalhando na adulteração das bebidas. “Isso levantou uma suspeita de que pudessem ser produtos roubados ou furtados, algum tipo de desvio de carga. Iniciamos a investigação e, depois de um trabalho de campo, de inteligência, monitorando os veículos envolvidos, acabamos localizando a fábrica”, explicou Maria Cecília Dias, delegada titular do 2º DP.

No local, os investigadores encontraram rótulos e tampas de marcas líderes de mercado, que eram colocados em cervejas mais baratas. Ao menos 683 engradados de cervejas já falsificadas foram apreendidos pelos policiais, assim como milhares de rótulos e tampas usadas nas falsificações. O boletim de ocorrências registrado na delegacia afirma que vizinhos do local informaram aos investigadores que a fábrica funcionava 24 horas por dia, com grande fluxo de chegada e saída de caminhões.

 

Processo de fabricação 

O processo de “fabricação” era realizado em oito mesas de trabalho, com rótulos alinhados, prontos para serem colados nas garrafas com cola, utilizando um rolo de tinta; As tampas das garrafas também eram retiradas, o que modificava a qualidade do produto e colocadas novas tampas das marcas escolhidas;

Questionados, nenhum dos presentes se apresentou como responsável ou forneceu nenhuma informação, alegaram apenas que trabalhavam ali na produção ou carregamento das caixas. “Com o manuseio inadequado, não sabemos exatamente o que pode estar sendo inserido na garrafa. Os procedimentos de higiene não são os mesmos. Além de estar ingerindo um produto que você não sabe exatamente o que é, pode ser um produto contaminado pelo manuseio inadequado ou pelo uso de algum produto que não seja adequado à saúde”, apontou a delegada.

 

31 presos

Os 31 presos em flagrante passaram a noite na carceragem do 8º Distrito Policial, do Belenzinho. Em audiência de custódia na Justiça de SP nesta sexta-feira (19), ficou definido que 28 deles terão liberdade provisória. A prisão dos três restantes foi convertida em preventiva por eles serem reincidentes e estarem em cumprimento de pena.

O grupo foi autuado por associação criminosa e falsificação de gênero alimentício. “Os agentes foram surpreendidos enquanto falsificavam produto alimentício destinado a consumo, tornando-os nocivos à saúde e reduzindo-lhes o valor nutritivo. [Os produtos eram] manuseados inadequadamente, em local insalubre e sem qualquer condição de higiene”, afirmou o boletim de ocorrência do caso.

“Ficou evidente o objetivo em falsificar garrafas de cerveja, substituindo os respectivos rótulos e tampinhas de marcas de qualidade inferior, com o intuito claro de auferir lucro indevido”, completou.

 

Fonte: G1

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