A esteticista Michele de Abreu Oliveira, de 42 anos, foi encontrada morta nesta quarta-feira (22). O corpo da vítima estava enterrado no chão da cozinha da própria casa, em Palhoça. Desaparecida há nove dias, a Polícia Civil trabalha com a hipótese de feminicídio e investiga o ex-companheiro de Michele como um dos suspeitos.
O caso é investigado pela Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMI) de Palhoça. De acordo com a delegada Gisele de Faria Jerônimo, responsável pelo caso, o caso é investigado como feminicídio, no entanto, outras modalidades de crime não estão descartadas.
Michelle morava há mais de uma década em uma casa nos fundos de um terreno com cinco residências, localizado na Praia de Fora, em Palhoça. Na casa de dois pisos moravam ela, o ex-companheiro e o filho caçula, de 15 anos. De acordo com familiares, mesmo separados há quatro anos, a esteticista ainda morava com o ex, com quem tinha uma relação conturbada.
A informação é de que a vítima teria registrado um boletim de ocorrência por violência doméstica em abril e, segundo a família, era constantemente ameaçada de morte. De acordo com a delegada o paradeiro do homem e do filho caçula ainda não é conhecido pela polícia. A Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC) informou que o homem possuí 94 boletins de ocorrência.
A identidade de Michelle foi confirmada na manhã desta quinta-feira (23), pela Polícia Científica. Familiares afirmaram ter ido até o Instituto Médico Legal, no Itacorubi, onde foram informados pela perícia que a esteticista teria sido encontrada em estado de putrefação e com marcas de tortura. A causa da morte teria sido traumatismo cranioencefálico.
A delegada afirma que a polícia encontrou o corpo de Michele quando foram cumprir um mandado de busca e apreensão na casa dela. A esteticista foi encontrada embaixo do piso da cozinha por volta das 19h30 desta quarta.
“Ela estava enterrada no piso inferior da residência, em um cômodo que parecia uma cozinha, um anexo de uma cozinha. Tinha pia, mesa era um cômodo fechado. Ela [Michele] estava camuflada sob o piso dessa cozinha. Quando os policiais chegaram no cômodo, perceberam que tinha algo estranho”, detalha a delegada.
Fonte: ND+