Educação em Risco

A educação, um dos pilares mais importantes de uma nação, tem sido falada quase que diariamente por todos nós. Em épocas pré-eleitorais, a Educação está na boca de todos os políticos e principalmente nos planos de governo de todos os partidos.

Não há uma receita pronta para colocar em prática todas as propostas apresentadas, porém, se a população fosse ouvida, se os políticos parassem para observar o que está acontecendo a sua volta, com certeza, nasceriam propostas e estratégias para sua execução.

Observo que a cada ano que passa, sobram vagas nas escolas para os profissionais que dão apoio aos professores, crianças e estudantes, como Professor 2, Segundo Professor, Profissional de apoio pedagógico, Educador Social, Auxiliar de sala e Estagiários.

O dia a dia de uma sala de aula e a rotina escolar só sabe bem quem está lá. Os cargos comissionados em seus gabinetes, os agentes políticos, Diretores Escolares, Secretários e Assessores que muitas vezes sequer entraram em uma sala de aula, não fazem ideia de como está difícil de encarar a vocação nos dias atuais.

Um olhar prático, científico e analítico para atuar nas escolas com tanta diversidade, seja ela os estudantes atípicos, “normais”, com diversidade de gênero, poderiam colocar em prática propostas voltadas a estabilidade mental dos profissionais.

Vivemos hoje em um BBE – Big Brother Educacional, lugar vigiado por câmeras, celulares e mídias sociais que destroem famílias e professores. Sem contar o Assédio Moral e Perseguição por parte de gestores que culminam em doença mental causada pela pressão emocional.

No universo de pessoas atípicas, não só aquelas crianças com deficiência, acrescento os profissionais que cada vez mais estão com diagnósticos de estresse causado pelo trabalho, transtornos e doenças mentais graves.

Poderá chegar um tempo que teremos mais estudantes atípicos do que normais. O que devemos fazer? Fica a pergunta à sociedade, para uma discussão ampla e honesta do que devemos fazer.

Culpar um professor por negligência, sem verificar se o local que ele trabalha está superlotado, com falta de outros profissionais ou até mesmo sendo ignorado por um pedido de socorro por parte dos professores aos gestores. Que educação de qualidade queremos?

Um dia ouvi um governante dizer que no futuro haverá mais creches para idosos do que para crianças. Faço a seguinte reflexão… Será que no futuro, não haverá mais hospitais psiquiátricos e Clínicas especializadas do que profissionais com mente sã?

Com certeza não tenho nenhuma solução para estas reflexões e questionamentos, mas acreditem, estou muito preocupada com o futuro dos nossos profissionais da educação.

Com esse olhar afirmo que a Educação está em risco. Risco de perder sua essência, sua qualidade, seus profissionais e principalmente o propósito de preparar nossas crianças para um futuro melhor.

Na narrativa de educar nossas crianças, devemos fazer nosso dever de casa, educando nossos filhos com respeito e fazendo com que ele respeite o outro, permitindo seu lazer com sabedoria e controle de horários, fazer nossos filhos respeitar os professores em primeiro lugar, como nos ensinaram e o principal que não negligenciemos a tarefa de sermos “pais de verdade”, lembrando que a Educação vem de casa.

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