Quem não tem cão, caça com gato

Joares Ponticelli, agora candidato a vereador, usou suas entrevistas para exaltar a aliança de Soratto à prefeitura de Tubarão, classificando-a como um “bitrem” pela força dos sete partidos que a compõem. No entanto, o que chama atenção é que a candidatura que Ponticelli apoia, a de Carlos Stüpp, também não fica muito atrás, com cinco partidos alinhados. A política, sempre cheia de surpresas, está reunindo personagens que, há poucos meses, nem se cumprimentariam na rua. Um vídeo emblemático com Stüpp, Ponticelli e o ex-governador Carlos Moisés circula como o maior símbolo dessa união inesperada de antigos desafetos. Tudo, é claro, em nome do bem de Tubarão, ou assim se supõe. Essa aliança improvável revela como as estratégias políticas podem se moldar rapidamente em nome de interesses comuns, mesmo que isso signifique deixar de lado antigas rivalidades.

Transportes Cidades Azul

A metáfora do “Bitrem” pilotado por Stener Soratto e seu copiloto Denis Matiola ilustra bem a força e a coesão do grupo que eles estão reunindo. Com uma base de apoio robusta, esse “bitrem” já está pronto para seguir viagem, confiante na consistência de sua estrutura. Do outro lado, a “Mercedinha” de Maristela Francisco e o copiloto Professor Paulão representa um grupo mais compacto, mas bem ajustado. Com suas ideias bem definidas e abastecidos por um combustível de fé, estão preparados para levar suas propostas à população com uma abordagem coesa e determinada. Agora a “Carreta cegonheira” de Carlos Stupp e Jean de Abreu Machado enfrenta desafios mais complexos. Embora Stupp e Jean possuam credibilidade para ir às ruas, a carga que carregam parece ser um fardo pesado demais. Com carros velhos e ultrapassados, alguns com a lataria deformada e problemas de motor, além de veículos sinistrados que podem representar mais problemas do que benefícios, há um grande dilema. As línguas afiadas dizem que Stupp e Jean já estão cogitando deixar parte dessa carga para trás, evitando transportar algo que possa causar problemas futuros. A estratégia agora é decidir o que vale a pena embarcar nessa jornada e o que deve ser deixado para trás para garantir uma viagem mais tranquila e sem contratempos.

Cadê as cabeceiras Moisés

A organização da campanha de Carlos Stüpp, publicaram um vídeo esta semana nas redes sociais ao lado do ex-governador Moisés, Joares Ponticelli, e do próprio Stüpp PSDB. Durante o vídeo, Moisés questionou por que a ponte que liga Tubarão a Capivari de Baixo ainda não foi finalizada, alegando que enviou todos os recursos necessários para a conclusão da obra. No entanto, a resposta não tardou: foi o próprio ex-governador e sua equipe de infraestrutura que falhou na inclusão de todos os itens da ponte, esquecendo por exemplo das cabeceiras pelo lado de Capivari de Baixo que sofreu as consequências tendo que licitar separadamente e sendo prejudicada pelo tempo. O deslize revela um certo despreparo na narrativa política do ex-governador, que parece continuar tropeçando em suas próprias palavras. Esse erro expõe também um possível problema na estratégia de Stüpp, que vem se aproximando e ouvindo cada vez mais o ex-governador Moisés, conhecido por sua falta de habilidade em articulações políticas, mas que, ao que parece, não está ajudando a campanha de Stüpp a evitar esses tropeços. Se o ex-prefeito pretende se manter competitivo, talvez seja hora de reavaliar as alianças e a comunicação de sua campanha.

Agora Jean?

Parece que a entrevista do candidato a vice-prefeito Jean de Abreu Machado trouxe à tona um ponto crítico sobre a gestão da Tubarão Saneamento, apontando falhas nas obras que deixaram várias ruas da cidade danificadas e sem a devida reparação. A crítica foi forte, destacando a necessidade de uma fiscalização mais rigorosa para evitar que situações como essas se repitam. No entanto, a crítica perdeu parte de sua força ao esquecer que, na época em que essas obras ocorreram, o responsável pela fiscalização era o atual deputado Pepe Collaço, que presidia à agência reguladora (AGR) na época que, segundo o candidato, e claro por tabela não cumpriu adequadamente seu papel. Sem esquecer que Jean de Abreu Machado era líder de governo Joares ponticelli e poderia cobrar essas falhas quando a Agência Reguladora não cumpriu seu papel. Esse tipo de deslize pode ser prejudicial para a campanha, já que revela uma falta de consistência na argumentação e, pior, pode expor contradições dentro do próprio grupo político. Quando o candidato Jean bateu pesado na fiscalização, ele inadvertidamente colocou em xeque a atuação de seu aliado, o deputado Pepe Collaço, abrindo espaço para críticas e questionamentos sobre a coerência de suas acusações.

Baixa significativa

A administração do prefeito Beto em Braço do Norte enfrenta mais um revés significativo. A notícia de que Joana Silva Lessa, secretária de Educação, está de saída do governo trouxe uma nova onda de preocupações para a campanha do candidato Allan Prudêncio. Joana, conhecida por sua excelência e habilidade profissional, era uma figura-chave na gestão, e sua saída é vista como uma grande perda, não apenas pela sua competência, mas também pela simbologia política de sua decisão. De acordo com fontes próximas, Joana continuará alinhada ao antigo grupo Progressistas, que atualmente apoia a candidatura de Laurinho do MDB. Essa movimentação estratégica fortalece ainda mais a chapa de Laurinho, ao mesmo tempo em que enfraquece a base do PSD. Para o governo Beto, a perda de Joana no primeiro dia de campanha é um golpe duro, comparável a um gancho cruzado no queixo, deixando a candidatura de Allan Prudêncio em uma situação delicada desde o início. A dificuldade para se reerguer após essa baixa será um desafio considerável para o grupo governista, que já enfrenta rumores de desintegração e brigas internas.

Maristela no Front

O cenário político de Tubarão está em compasso de espera, com os olhos voltados para Maristela Francisco, candidata a prefeita pelo PT. Em meio à disputa, as dúvidas pairam sobre qual será a sua estratégia nos debates. Será que ela vai reviver a antiga rivalidade entre seu partido e as gestões de Carlos Stüpp, ou vai seguir a linha da polarização nacional e focar seus ataques em Soratto, candidato pelo PL? Talvez, ela opte por um caminho próprio, tratando ambos os adversários como representantes de um mesmo sistema que precisa ser questionado. Apesar de estar estreando na corrida eleitoral, Maristela já demonstrou que tem um discurso afiado, especialmente em suas poucas entrevistas. Em cortes que circulam nas redes sociais, fica claro que ela tem uma parceria estratégica com Matheus Madeira, presidente do partido e candidato a vereador. Juntos, eles podem trazer novas questões ao debate, especialmente com Maristela, que é policial, possivelmente direcionando a discussão para temas de segurança pública no contexto municipal. O que muitos querem saber é se Maristela será uma franca atiradora nos debates, atacando com força seus adversários, ou se escolherá reservar suas munições para batalhas futuras. A expectativa é grande, e sua postura pode definir muito do que será a dinâmica da campanha em Tubarão nos próximos dias.

Corre a Boca Pequena: que aproximação de Stüpp com Ponticelli aqui pra frente, vai ser só pra traz.