Laguna: Quando o Passado Volta a Assombrar o Presente

Ah, meus caros leitores, eis que o teatro político de Laguna nos apresentaia com mais um ato digno das melhores tragédias gregárias! O ex-prefeito Mauro Candemil, qual Ícaro moderno, parece ter voado perto demais do sol da ambição política, apenas para ver suas asas de cera derreterem sob o calor do escrutínio legal. O procurador regional eleitoral, Claudio Valentim Cristani, emerge como um Deus, um anjo com mão de ferro para realmente fazer justiça neste drama, executando seu parecer com extrema justiça, qual espada de Dâmocles sobre a cabeça de Candemil. É como se Maquiavel sussurrasse em ouvidos: “Os homens em geral julgam mais pelos olhos do que pelas mãos, porque a nossos todos é dado ver, mas poucos são os que sabem sentir.”

Observem a ironia: a coligação “Por Laguna”, liderada pelo PL de Peterson Crippa, age como o coro de uma tragédia grega, apontando os erros do protagonista e clamando por justiça. Será que Crippa estudou a Lei 15 de Greene: “Esmague completamente seu inimigo”? Pois parece que ele está determinado a não deixar pedra sobre pedra na candidatura do seu oponente. E o que dizer de Nilson Coelho Filho, o Nilsinho? Como fiel escudeiro no livro de Dom Quixote lagunense,  para Nilsinho Infelizmente sua confiança está atrelada a um barco que faz água por todos os lados.

O TRE, qual oráculo de Delfos, tem até o dia 16 para pronunciar seu veredicto. Enquanto isso, Candemil deve estar revirando-se em sua cama política, assombrado pelo fantasma de decisões passadas. Como diria Marco Aurélio: “Você tem poder sobre sua mente – não sobre eventos externos. Perceba isso e você encontrará força.” Talvez seja a hora de Candemil encontrar essa força interior, pois a exterior parece estar se escapando rapidamente. E o que dizer da inelegibilidade por oito anos? É como se o destino, esse dramaturgo cruel, tivesse escrito um roteiro no qual Candemil é obrigado a assistir da plateia ao espetáculo que ele tanto deseja protagonizar. Lembra-nos da estratégia de Napoleão: “Nunca interrompa seu inimigo quando ele está cometendo um erro.” Parece que os adversários de Candemil aprenderam bem esta lição.

Foto: Elvis Palma/Sulsc.com

No fim, resta-nos perguntar: será que Laguna está prestes a virar a página de um capítulo político ou apenas adicionando mais uma nota de rodapé a uma história já muito longa? Como diria Sun Tzu: “A suprema arte da guerra é derrotar o inimigo sem lutar.” Neste caso, parece que a lei e o passado estão fazendo o trabalho pesado. Enquanto isso, os cidadãos de Laguna assistem a este espetáculo, alguns com pipoca, outros com antiácidos. Afinal, como bem sabemos, na política brasileira, a realidade muitas vezes supera a ficção. E neste caso, parece que estamos diante de um best-seller em potencial.

Que os deuses da política tenham piedade de Laguna – e que o TRE tenha sabedoria. Pois como diria Robert Greene: “O julgamento é a tocha do sábios.” Esperemos que essa tocha ilumine mais do que apenas uma centelha de fogo.

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