O clima político na Câmara de Vereadores de Tubarão atingiu um nível de tensão significativo devido à ruptura de um acordo entre as bancadas do PL, PSD, MDB e União Brasil. Nilton de Campos, do PL, que esperava assumir a presidência da Casa Legislativa, viu seus planos frustrados na última hora, em grande parte devido ao descontentamento dentro de seu próprio partido e entre seus aliados.
Durante dezembro de 2024, Nilton de Campos agiu como se já estivesse definido como presidente, mas enfrentou forte resistência. Dentro do PL, vereadores como Felipe Tesmann, Paula Anacleto e João Zabot expressaram insatisfação com sua condução. No União Brasil, Marcone também não se sentiu ouvido por Nilton, enquanto no MDB, o vereador Maduro estava descontente. No PSD, que conta com cinco vereadores, o clima também não era favorável, pois Nilton tentava centralizar o controle sem espaço para diálogo.
Diante desse cenário, o PL decidiu reformular o acordo, e o PSD, mostrando compromisso, apoiou os novos nomes indicados pelo PL. Felipe Tesmann foi escolhido como novo presidente, com Everson Martins do PSD como vice, dividindo o mandato do primeiro biênio. Para o segundo biênio, a presidência ficou com Rafael Tche e João Zabot como vice. Este rearranjo também contou com o apoio das bancadas do Progressistas e do PT, que reconheceram a importância do diálogo como o melhor caminho.
A situação se complicou ainda mais quando Nilton de Campos tentou usar uma tese do STF para argumentar contra a eleição do segundo biênio. Isso levantou suspeitas de que, caso ele se tornasse presidente, poderia tentar minar o acordo para o segundo biênio, gerando tensão e desconfiança. Essa tentativa de última hora de questionar a constitucionalidade só reforçou a percepção de que Nilton pretendia manter o controle a qualquer custo.
Este episódio na Câmara de Tubarão destaca a necessidade de respeitar acordos e manter a confiança entre as partes. Nilton de Campos, ao tentar centralizar decisões sem considerar o coletivo, acabou isolado e perdeu o apoio necessário para liderar a Casa. A política exige diálogo e construção de consenso para garantir a estabilidade e o funcionamento eficaz das instituições. Esse evento serve de lição sobre a importância de cumprir compromissos e trabalhar em conjunto para o bem comum.