A Polícia Civil, através da Delegacia Especializada no Combate à Corrupção (DECOR) da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC), deflagrou na manhã desta quarta-feira (25) uma nova fase de uma operação que investiga um esquema de exigência de propina na Prefeitura de Florianópolis. Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, expedidos pela Vara Criminal da Região Metropolitana da Comarca da Capital.
As investigações tiveram início com o objetivo de apurar a suspeita de que propinas estavam sendo cobradas para agilizar ou viabilizar procedimentos relacionados a obras no município, mediante a obtenção de informações em arquivos da Prefeitura.
Em uma primeira fase da operação, realizada anteriormente, a Polícia Civil monitorou a entrega de uma vantagem indevida em um parque público da Capital. Na ocasião, um ex-servidor municipal, que atuava como fiscal, foi abordado e teve dinheiro apreendido. Durante a diligência, foi descoberto que o investigado portava uma pistola em seu veículo, configurando o crime de porte ilegal de arma de fogo. Em sua residência, foram encontradas mais três armas em situação ilegal, resultando em autuação por posse ilegal de arma de fogo. Naquele momento, o suspeito foi conduzido à sede da DEIC e autuado em flagrante.
Divulgação/SulSC
Naquela oportunidade, além do armamento, foram apreendidos documentos, R$ 11.300,00 em espécie, mais de 4 mil dólares e cédulas de moedas sul-americanas.
Com o andamento do inquérito policial, novos envolvidos no esquema foram identificados. Na manhã de hoje, as buscas e apreensões ocorreram em endereços de Florianópolis e Palhoça, além de dentro da própria Prefeitura da Capital. Aparelhos eletrônicos e documentos foram recolhidos e serão analisados pela perícia para detalhar a extensão do esquema criminoso. Em um dos locais inspecionados, os policiais civis encontraram e apreenderam R$ 12 mil em espécie, cuja origem e legalidade serão verificadas durante a investigação.
A Prefeitura de Florianópolis, em nota, informou que está colaborando integralmente com as investigações. A administração municipal reforçou ainda que todos os servidores envolvidos no esquema já foram exonerados ou tiveram Processo Administrativo Disciplinar (PAD) instaurado.
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