Fatos na Cidade: Insegurança e medo tomam conta de Laguna

O cenário que se desenha nas ruas da cidade histórica de Laguna está longe de ser o que seus moradores e turistas desejam. Com relatos crescentes de criminalidade, furtos e sensação de abandono, principalmente durante o período noturno, a população vive dias marcados pelo medo e pela impotência. Para muitos, a responsabilidade é clara: recai sobre os ombros da atual gestão municipal, acusada de inércia e descaso diante da escalada da violência.

Moradores de diversos bairros, do centro histórico às comunidades mais afastadas, relatam que têm evitado sair de casa à noite. “Depois das 20h, a insegurança toma conta das ruas, a gente anda olhando para os lados, preocupado. Quase não se vê patrulhamento nas ruas, muito menos a presença presença da guarda, e a cidade virou terra de ninguém”, afirma comerciantes que pediu para preservar sua identidade.

Divulgação/SulSC

A proximidade da temporada de verão vital para a economia local, já começa trazer também preocupações aos proprietário de imóveis de locação na alto temporada. Com praias que atraem milhares de visitantes, Laguna corre o risco de ver seu potencial turístico manchado por notícias de violência e insegurança. Em conversa com Portal Sul SC um moradores do bairro progresso que pediu pra não ser identificado questionou,  “Quem vai querer trazer a família para passar as férias num lugar onde a prefeitura não garante nem iluminação pública decente, quanto mais segurança?”

Para muitos lagunenses, o problema não é recente, mas se agravou com a falta de investimento e de políticas públicas eficazes. A promessa de reforço na segurança, feita ainda durante a campanha eleitoral, não saiu do papel. A ausência de diálogo com as forças policiais, a precarização da Guarda Municipal e a omissão em temas cruciais como iluminação, vigilância e projetos sociais têm colocado a gestão municipal no centro das críticas.

O que se vê, na prática, é uma cidade entregue à própria sorte. Enquanto o Executivo segue apostando em discursos e eventos simbólicos, a população convive com o aumento de furtos, assaltos e a crescente sensação de medo. A pergunta que ecoa nas ruas é uma só: onde está o poder público quando mais precisamos dele?

Laguna merece mais que promessas vazias e discursos prontos. A cidade precisa de ações concretas, planejamento estratégico e responsabilidade com a vida dos cidadãos. Enquanto isso não acontece, o medo se alastra – e o verão que se aproxima corre o risco de ser lembrado não pelo sol e pelo mar, mas pela omissão daqueles que deveriam proteger e servir.

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