Tubarão já demonstrou, em um passado recente, que possui forte capacidade de atrair investimentos quando há uma direção clara, com trabalho árduo e ágil na gestão de uma secretaria municipal. Hoje nossa cidade conta com uma legislação de incentivo consolidada, instrumentos jurídicos prontos para uso desde 2006 e áreas públicas devidamente destinadas para a instalação de novos empreendimentos. Caso isso estivesse sendo trabalhado na cidade azul, com certeza estaria impulsionando a economia local, garantindo isenções estratégicas, gerando empregos e ampliando a arrecadação do município.

Mas nada disso se transforma em realidade quando o gestor da pasta responsável “Secretario”, não consegue apresentar propostas atrativas para novas empresas vir a se instalar em Tubarão. Contudo, tal situação não é culpa somente do prefeito. A verdade, é que o prefeito dá a oportunidade para gestor ao nomeá-lo, mas o escolhido tem que mostrar agilidade e responsabilidade diante do cargo confiado a ele. De que forma? Trazendo resultados positivos e significativos para a cidade e sua população. Afinal, ser secretário não é apenas passear de carro oficial no conforto do ar-condicionado; é preciso trabalhar com focado e com muita força de vontade.

Arquivo PMT/Divulgação/SulSC

A realidade hoje em Tubarão é que, mesmo com lotes empresariais em locais estratégicos, em áreas com mais de 14.000 m², próximo à BR-101, no bairro São Cristóvão, a cidade está fechando o ano de 2025 sem que fosse lançado sequer um novo edital de concessão pública. Um ano de absoluta inércia, enquanto o mercado segue à procura de oportunidades e outros municípios trabalham ativamente para atraí-los.

Hoje, cidades vizinhas, já nesse primeiro ano de mandato, chamam empresários, abrem diálogo, atualizam projetos e oferecem segurança para novos investimentos; enquanto isso, Tubarão observa de longe. Os terrenos continuam vazios, o potencial continua parado e quem deseja empreender procura alternativas em regiões que demonstram mais movimento e dinamismo.

Na cidade de Tubarão, a Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços foi criada justamente para evitar esse tipo de imobilidade. No entanto, hoje opera muito mais como um órgão formal do que como um motor propulsor de desenvolvimento econômico. A mudança para o Sigma Park, apresentada como um passo de aproximação com o setor produtivo, até agora se traduz apenas em mudança de endereço, que nem ainda aconteceu, e sem ações concretas que demonstrem compromisso real com o empresariado da cidade e, por que não dizer, da região.

Fotos/SulSC

É responsabilidade da secretaria articular o setor produtivo, construir agendas estratégicas, transformar os instrumentos legais em resultados e liderar o movimento econômico da cidade. Mas, infelizmente, nada disso tem sido visto pelo empresariado, população e pelo próprio prefeito. Falta estratégia, faltam editais, faltam chamamentos, falta atenção, presença institucional e falta, sobretudo, diálogo ativo com quem gera emprego e renda em Tubarão.

Essa ausência de atuação tem um custo, não só para o prefeito que acreditou na nomeação, mas também para a cidade: com empresas que poderiam estar em Tubarão, hoje, com a inoperância da pasta, estão procurando se instalar em municípios vizinhos, proporcionando vagas de trabalho que poderiam fortalecer famílias tubaronenses; migram para outras localidades, receitas que poderiam impulsionar o orçamento municipal simplesmente deixam de existir.

É inevitável reconhecer: o município possui terrenos em áreas nobres de fácil acesso para o transporte com acessibilidade de ótima qualidade, figurativamente, tem todo para crescer. Tem legislação adequada, áreas disponíveis, localização estratégica e interesse do mercado. O que não tem, no momento, é a condução necessária para transformar potencial em progresso.

Esse cenário exige cobrança pública, participação da sociedade, atenção da Câmara Municipal e vigilância dos setores produtivos. Uma secretaria com tamanha importância para o futuro econômico da cidade não pode se limitar a discursos, fotografias institucionais e mudanças de endereço.

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