Para aprimorar o conhecimento dos seus membros e demais pessoas interessadas na área, no dia 26 de junho será realiza a primeira capacitação de 2024 do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba. As inscrições encerram nesta sexta-feira (21).
O encontro com o tema “Monitoramento Hidrológico e Eventos Críticos”, abordará os efeitos das mudanças climáticas nos recursos hídricos, eventos hidrológicos extremos e o monitoramento hidrológico. O assunto ganhou bastante evidência devido à tragédia do Rio Grande do Sul. A capacitação terá duração de seis horas e acontecerá na Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), campus de Araranguá, das 13h às 19h.
Os palestrantes são: o professor dr. Carlyle Torres Bezerra de Menezes, que também é coordenador geral do ProFor Águas Unesc – equipe técnica da Entidade Executiva; o agente de pesquisa da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), José Luiz Rocha; e, por fim, o professor titular do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Masato Kobiyama.
Ponto central
Um dos objetivos principais com o curso é que os inscritos compreendam, de maneira geral, como funciona o monitoramento hidrológico no Brasil e em Santa Catarina, incluindo os equipamentos empregados, os pontos de monitoramento no estado e na bacia do Rio Araranguá. O tópico será apresentado por José Luiz Rocha Oliveira, que destaca a sua grande importância, principalmente pelo fato de a região do manancial é regularmente afetada por eventos críticos, como enchentes, inundações ou secas e estiagens.
Tendo em mente que o monitoramento hidrológico desempenha um papel essencial no acompanhamento desses eventos e em situações de normalidade, a capacitação, na visão de Oliveira, torna-se uma oportunidade da região discutir uma questão relevante para a sociedade. “A partir dessas informações coletadas com o tempo, criamos uma série de dados históricos para a mitigação de eventos críticos futuros”, explica.
Impacto das emergências climáticas
A expectativa é que, ao fim do curso, conforme evidencia a presidente do Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba, Eliandra Gomes Marques, os participantes entendam também os impactos das emergências climáticas, sabendo como preveni-las. “Os inscritos saberão analisar os padrões de chuvas e níveis de rios, podendo contribuir mais para a segurança e o uso sustentável dos recursos hídricos”, complementa.
Com as entidades-membro mais especializadas no assunto, é possível desenvolver planos de gestão eficazes, reduzindo os riscos associados a eventos extremos. “Além disso, o evento é uma maneira de conscientizarmos e engajarmos a comunidade no que diz respeito à preservação ambiental e resposta a desastres naturais que estão sendo frequentes em nosso território”, destaca Eliandra.