Ônibus fretado da Bahia que trouxe 40 pessoas em situação de rua para SC será investigado

Uma investigação sobre um ônibus fretado originado na Bahia, que supostamente trouxe 40 pessoas em situação de rua para Florianópolis, é realizada pela Polícia Civil do Estado. A ação foi divulgado esta semana pela Decrim (Delegacia de Combate ao Crime Organizado). O foco das autoridades está em apurar possíveis crimes, em que se inclui tráfico de pessoas, transporte clandestino e a identificação dos responsáveis pelo envio dessas pessoas para o estado catarinense. 

Este não é o primeiro incidente desse tipo. A última ocorrência foi registrada no dia 4 deste mês, em que um ônibus da empresa Daniel Turismo desembarcou dezenas de passageiros em uma área considerada não convencional entre o Titri (Terminal de Integração da Trindade) e o CIC (Centro Integrado de Cultura) na capital. O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) também investiga o caso.

Segundo informações do jornalista Nicolas Horácio, o Ministério Público teve conhecimento do incidente por meio de uma representação do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) do Centro de Florianópolis. Diante desse episódio e de outras ocorrências semelhantes, o órgão iniciou um procedimento administrativo para apurar o encaminhamento de pessoas vulneráveis para a capital catarinense.

Além disso, o MPSC está investigando casos de encaminhamento forçado, não consensual ou enganoso de pessoas em situação de rua de São José e Criciúma para Florianópolis, com recomendações sendo enviadas para esses municípios após a conclusão das investigações.

O relatório do Conseg revela que há suspeitas de vários ônibus realizando procedimentos irregulares semelhantes, indicando que as pessoas desembarcadas podem não possuir condições mínimas para se estabelecer em Florianópolis. O promotor de Justiça Daniel Paladino enfatiza que, embora nem todas as pessoas vindas da Bahia estejam em situação de rua, muitas delas podem acabar contribuindo para o aumento dos sem-teto na cidade.

A prefeitura de Teofilândia foi solicitada a prestar esclarecimentos sobre a viagem, sua regularidade, o responsável pelo pagamento do serviço e o motivo pelo qual as pessoas foram deixadas na marginal da Beira-Mar em vez da rodoviária Rita Maria.

 

Fonte: Sulinfoco

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