Devolvido ao mar na última segunda-feira (24), o filhote de baleia-franca encontrado encalhado na praia de Ibiraquera, em Imbituba, foi encontrado morto na manhã deste domingo (30), próximo ao local do encalhe. A informação repassada pela diretora de pesquisa do ProFranca, Karina Groch, é de que sem reencontrar a mãe, o filhote não resistiu, provavelmente por falta de alimento.
“Desde o dia do resgate ficamos apreensivos, já que durante os primeiros meses de vida a sobrevivência do filhote depende exclusivamente do leite materno”, explica Karina que é responsável por monitorar e estudar as baleias-francas no litoral catarinense. Ela reforçou que os filhotes permanecem até um ano com a mãe.
Ainda, de acordo com os profissionais do projeto, a ausência de ciamídios (piolho-de-baleia) no filhote também já era um indicativo de que não houve interação com indivíduos adultos. Durante a ocorrência, o protocolo de encalhes e emalhes da APA da Baleia Franca/ICMBio foi acionado ao local, representado pelo Instituto Australis e pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), com o apoio da Prefeitura de Imbituba.
Vale ressaltar que o encalhe ocorreu no trecho 1 do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), de responsabilidade do LabZoo da Udesc em Laguna. Uma necropsia será realizada e uma coleta de amostras será feita para identificar a causa do encalhe.
A coordenação do Protocolo de Encalhes e Emalhes é formada pela APA da Baleia Franca/ICMBio, Instituto Australis, Associação R3 Animal, Udesc, Museu de Zoologia Professora Morgana Cirimbelli Gaidzinski da Unesc, Corpo de Bombeiros, Capitania dos Portos e Polícia Militar Ambiental que trabalham em parceria para o atendimento de encalhes e emalhes na região da APA.
Já o Projeto Franca Austral (ProFranca) é realizado pelo Instituto Australis e conta com patrocínio da Petrobras e do Governo Federal, por meio do Programa Petrobras Socioambiental.
Fonte: Engeplus
