O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não economizou nas palavras ao acusar diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro de ter “comprado apoio” nas urnas ao custo de desequilibrar as contas públicas do país em 2022.

Durante entrevista ao podcast Inteligência Ltda., Haddad afirmou que o governo Lula não vai usar o dinheiro do contribuinte para bancar a reeleição em 2026, como ele diz que Bolsonaro fez para tentar barrar a volta do petista ao Planalto.

Fotos: Veja Abril/ Reprodução entrevista ao podcast “Inteligência Ltda”

“O que o governo Bolsonaro fez foi inimaginável. Jogaram a responsabilidade fiscal no lixo para tentar impedir a volta do Lula, custasse o que custasse”, disparou Haddad, acusando o rival de promover “uma farra com dinheiro público” às vésperas das eleições. “Hoje, a população está pagando a conta dessa irresponsabilidade.”

O ministro foi ainda mais longe ao sugerir que parte do mercado financeiro e empresários temem uma repetição desse “vale-tudo” em 2026, mas garantiu que isso não acontecerá no atual governo. “O Lula ganhou em 2002 e 2006 sem fazer populismo fiscal barato, e agora não será diferente”, afirmou.

Mas a polêmica não parou por aí. Haddad falou ainda sobre a proposta de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$5 mil e deixou no ar que a conta pode sobrar para as classes mais altas. “Não é só aprovar a medida. Vamos ter que cobrar de quem hoje não paga o que deveria”, disse, dando a entender que setores privilegiados da sociedade — leia-se os mais ricos — devem preparar o bolso.

Nas redes sociais, a fala deve acirrar ainda mais a polarização: enquanto defensores de Lula vão comemorar a promessa de justiça tributária e responsabilidade fiscal, a oposição e os apoiadores de Bolsonaro já preveem um novo “pacote de impostos” e acusam Haddad de atacar empresários e demonizar a classe média alta.

Afinal, o governo Lula vai cobrar a conta dos ricos ou preparar o terreno para tirar mais ainda da população? Está aberta a guerra de narrativas.

Você concorda com Haddad ou acha que o governo já está preparando o próximo “bode na sala”?